A saga dos hiperbóreos
                                Khiron, o príncipe dos elfos
Autor:L.F.Lemavos
               
                              Capitulo:1 O rei de Shambala

     O reino de Shambala foi construído próximo ao Tílik, suas aldeias ficavam ao longo de suas margens. A nascente do Tílik situava-se no cume gelado da montanha Posídon, que fazia parte da cordilheira das montanhas douradas.

     Paralela ao rio, na margem direita, foi construída a estrada real pelo monarca anterior, onde um unicórnio branco corre em disparada.  O barulho que os seus cascos fazem ,quando batem na estrada de pedra ecoam por todos lados, assustando os transeuntes.            Montado em sua sela um nobre.
     Seus súditos assustados saiam da frente o mais rápido possível, alguns acenavam para ele ,que retribuía o aceno com um sorriso.
       Ele era jovem, cabelos soltos até os ombros, usando trajes de montaria  com detalhes em ouro, vinha de uma caçada.
Levou sua guarda real e os seus melhores caçadores: caçavam cervos gigantes.   Em uma carroça que estava bem distante dele e andava devagar, estava seu troféu: Um enorme cervo morto.

   Alguns dos soldados de sua guarda, tentavam em vão alcança-lo. Ele distanciou muito do grupo de cavaleiros, passando pela segunda ponte .

       Ele sente o vento no rosto, sente-se livre quando está correndo com o seu unicórnio. O trono real ocupava todo o seu tempo e para ele que não podia escolher seu destino, esses momentos eram os melhores.
_Eu gostaria de ficar  o dia inteiro cavalgando com você, meu amigão. _ Lamentava o rei dono do reino mais rico da Hiperbórea e que achava que não estava aproveitando a vida. Se pudesse escolher, sua vida seria bem diferente, do seu casamento arranjado só existia uma coisa boa: Sua filha.
_ Acho que está na hora de ter um herdeiro. _ Disse pensativo, quando diminuiu o galope até parar na primeira ponte.

       Todos que se encontravam naquele local se afastavam em respeito a ele: era o protocolo real, que ele nunca entendeu.  Ele desmontou do seu unicórnio e o levou até a beirada do rio, para que bebesse água.

    Por está muito próximo da queda de água, o vento soprou, espirrando água em sua direção. O jovem rei abaixando-se na beira do rio, enfiou as duas mãos na água e jogou-a na cabeleira loura, deixando aparecer suas orelhas pontudas .
    Neste mesmo instante, olhou em direção ao palácio incrustado na montanha, com uma linda queda de água que caia pela muralha, formando o rio.  Contemplou a beleza natural em contraste com uma edificação magnífica. Seu pai tinha dado atenção a todos os detalhes: Seu palácio era uma obra prima cercada pela natureza.
        Antes, ela era uma grande e feia construção de madeira, mas depois da descoberta das minas de ouro o reino floresceu.                                                                                              
    O rei, que continuava abaixado, olhando para o palácio, foi despertado de seus pensamentos, quando um grifo pousou em uma plataforma de madeira na boca de uma caverna próxima ao seu palácio. O jovem rei olhou ao seu redor: a estrada real; as pontes; enfim tudo que seu pai havia construído.
De repente ouviu trotar de cavalos: era a sua guarda real.
_ Majestade, como corre esse unicórnio, não é mesmo?_ Observou um soldado, que falou com uma voz cansada.
_ Flecha é o mais veloz que eu já conheci, Jovik._ Respondeu o rei, acariciando a crina do unicórnio.
_ Mais rápido que ele, só o unicórnio negro, mas ninguém nunca viu um._ Falou o sorridente monarca.
    Ele montou no seu unicórnio e seguiu com a sua guarda por uma ladeira ,que levava aos portões do palácio. Em determinado momento, eles passaram entre o paredão da montanha e a queda de água, criando uma ilusão que sumiam dentro das águas que caiam pela montanha, reaparecendo do outro lado.
   
     Enquanto cavalgava com sua guarda ,olhava lá de cima para as aldeias ,separadas somente pelo rio e a idéia de ter um herdeiro emergiu novamente do seu pensamento.
_ Um filho seria o ideal.  Eu poderia ensina-lo a caçar cervos; a ser um guerreiro como eu e como o meu pai foi. Em seus pensamentos tentava em vão, criar um rosto para seu pai .

     Ele nunca pôde  ficar  no palácio por muito tempo, a guerra consumiu toda a sua juventude e quando não estava em campo de batalha, arquitetava manobras militares,  com trégua poderia dar atenção a sua família e dar para Shambala um Herdeiro.                          

     Mais alguns minutos e eles estavam em frente aos portões, que foram abertos, quando um soldado de cima de uma torre tocou uma espécie de trombeta. Todos entraram e soldados  dentro das muralhas fizeram reverencias quando ele passou.

      Depois de desmontar de seu unicórnio e entrega-lo a um criado,subiu as escadarias  de mármore branco e entrou no palacio. Andou com pressa pelos corredores, quando percebeu uma movimentação no quarto real.              Alguns sábios do conselho, estavam saindo do seu quarto e entre eles o médico real. O rei pensou logo em sua filha Shou-hu, que tinha uma saúde fraca. Aproximando-se  deles , foi logo perguntando.
_ O que aconteceu, minha filha adoeceu novamente?  O médico olhou para ele e pesou um momento as palavras que iria usar. Ele era um ancião, que usava uma batina verde com um desenho de um carvalho decorado com fios de ouro, na altura do peito. Possuía um capuz que estava jogado para trás, de cabelos compridos presos.  Suas rugas eram bem aparentes.
_ Não é a princesa meu rei. _ Disse o ancião._ É a rainha. Ela adoeceu, enquanto esteve fora. _ Dizendo isso, o médico olhou para os outros e continuou._ A doença foi curada, mas deixou seqüelas. A rainha não poderá ter mais filhos.                   Quando o médico acabou de falar, o rei não acreditou no que ouviu.                       

    Seu sonho de um sucessor terminou no momento em que o ancião ficou em silencio.      O rei sonhador foi atingido por essas palavras ,como se fosse golpeado no peito por uma espada.                                                                                                              
-Bem ,eu tenho Shou-hu ,minha herdeira. _ falou vacilante,sem muita convicção,pois sabia que tinha criado um grande problema para o seu reino por não dar atenção a um ponto tão importante: Sua sucessão ao trono.     Todos ficaram apreensivos em dizer algo, quando o mais velho de todos se pronunciou.
_ A questão é que Shambala não poderá ser governada por uma elfa.   Escutando o que o membro do conselho dos elfos disse,ele pensa em uma  alternativa ,mas não encontrando, argumenta.
_ Sim, eu sei, mas nossas leis proíbem que eu tenha mais de uma rainha.                                                                  
_ Permita me que lhe de um conselho, meu rei?_ Olhando serio para o rei e depois  para as mãos entrelaçadas próximas a barriga.
_ Separe-se da rainha. _ Foi imperativo e pigarreou, olhando meio desconfiado, como quem queria adivinhar a reação do rei, que pela expressão não tinha gostado nem um pouco.
_ Me separar? _ Perguntou ele alterando a voz._ Isso significaria que Gaya voltaria para Avalun com a minha filha.
_ Mas meu rei, seu compromisso é com o reino e não com uma fêmea nascida da rainha._ Retrucou o ancião.
O rei olha para o ancião.                                                       

Seus olhos mudam de aspecto, ficando com uma coloração avermelhada, mas ninguém nota.
_  Minha filha não vai para Avalun! Reinará em Shambala! É a vontade de Apolo e minha também! _ Retrucou o rei com um tom de voz imperativo e parecia que a conversa tinha acabado quando outro ancião falou.
_ Mas esse é o melhor caminho. Nenhum elfo aceitará ser governado por uma rainha. Sentenciou o sábio com ar de superioridade, que usava um lindo cordão de ouro ao redor do pescoço.                        

O rei olhou para ele e depois para todos,e  nesse momento só se ouvia a cadencia da suas barulhentas botas ,que ecoavam nas paredes do corredor. Caminhou um pouco se distanciando para então, bradar com a espada desembainhada.
_ Eu sou o rei de Shambala, descendente de Apolo!  Minha palavra deve ser obedecida e não questionada, já está resolvido, não vou me separar de Gaya por causa de tradições antigas! E o que aconteceu com ela, que ninguém fique sabendo, pois matarei quem disser uma palavra. Vocês estão dispensados!  O rei a todo o momento empunhava a sua espada, que foi batizada  de raio da morte.

Ele passou entre os anciãos em direção aos seus aposentos.  Os seus passos reverberavam em todos os cantos. Os membros do conselho entreolharam-se com cumplicidade, não gostando nada da atitude do jovem rei.

Mais tarde, ele passeava com a família pelo pátio do palácio, o rei conversava com Gaya sobre sua doença.  Shou-hu brincava com um filhote de unicórnio.
_ Não se preocupe, nada vai mudar._ Disse sorrindo carinhosamente. Não a amava, mas gostava dela, apesar de achar que ela dava muita atenção para títulos, riquezas e a nobreza.
_ Mas eu não posso mais te dar um herdeiro. _ Disse a inconformada Gaya, filha de Mitras o rei de Avalun.
_ Se é da vontade de Apolo, temos que aceitar nosso destino. _ Falou, olhando para a queda de água que caia no pátio do palácio. Caminhou para próximo de uma piscina natural que foi circundada por mármore esverdeado importado de Ágata.
Ficando entre rainha e a estátua gigante de Apolo Hiperbóreo.

Olhou para a princesa, que continuava a brincar com o unicórnio pequeno, sem saber que o seu destino era decidido pelos adultos que queriam o melhor para o reino. 
 
Ele sentiu que seu reino estava enfraquecido e se morresse, Quem herdaria o trono? Um reino fraco é um reino fadado a ser invadido, dominado por um reino mais forte. Depois de refletir sobre isso ,ficou parado, hipnotizado pelo ruído das águas que caiam.
_ Você está bem, Ybron? _ Perguntou Gaya com ar de preocupada, tirando o rei de seus devaneios .
_  Estou._ Disfarçando a sua preocupação com o futuro do reino._ Eu estava pensando nos presentes para seu pai. Ele gosta de jóias?_ Falou, encobrindo o verdadeiro motivo da desatenção.                                                                                    

Isso pareceu ter animado a rainha, pois ela mudou de humor rapidamente, abrindo um tímido sorriso.
_ Como eu gostaria de está no aniversário dele. _ suspirou a rainha, pois sabia que mesmo com a trégua era muito perigoso viajar para tão longe, Ybron seria cauteloso e com toda razão.
_ Sei que a trégua está muito recente.- Lamentou-se Gaya._ Os generais Hadianos não são confiáveis. _  voltando ao humor anterior.                       

       Gaya estava triste pela noticia de sua esterilidade.
_ Acho que Áries está me punindo._  Disse distraída, olhando para o alto da montanha Posídon.
_ Nosso casamento não tem nada haver com Áries! _ Bradou o rei ,para depois se arrepender de ter sido tão grosso.
_ O deus de Avalun é um covarde assassino de animais sagrados. Desculpe Gaya, mas não posso pensar de outra forma de um deus que pede sacrifícios de animais.
_ Eu também não gosto desses sacrifícios. _ Retrucou ela com cara de aborrecida. _ Mas é a tradição do meu povo.
_ Se mitras invadir nossa fronteira de novo para caçar unicórnios, ele terá problemas. – Avisou Ybron com impaciência, lembrando da ultima invasão.                                                                                                                     

Nesse momento Gaya fica com uma expressão sisuda._ Ele não está mais caçando unicórnios, agora sacrifica grifos e cavalos selvagens._ Disse ela entre os dentes. _ só os selvagens.  Está nos nossos livros sagrados, vocês também não tem seus livros e regras?_ Perguntou ela indignada por ser criticada pelas tradições de seu povo.
O rei olhou para a estátua de sete metros, próxima a cachoeira, esculpida em mármore pelos ágatianos e  sem se virar para Gaya, respondeu.
_ Vocês deveriam revisar seus livros sagrados e ver qual é a necessidade de matar um animal para agradar a um deus.

Aquele assunto poderia se estender por muito tempo, mas Ybron decidiu terminá-lo.
_ Vamos entrar. Shou-hu deve está com sono e você tem que descansar mais._ Disse ele.    Gaya  obedece, chamando sua  filha.
_ E você, não vem?  Ela  sabia que Ybron não gostava do seu pai,  Mitras matou o próprio irmão para herdar o trono.
_ Vou depois, acho que ficarei aqui mais um pouco.
Elas entraram e Ybron ficou no pátio , olhou para o céu até que viu Surya se apagar totalmente.

Depois de casada, Gaya nunca mais foi a Avalun, sua filha não conhecia o avô. Os soldados levavam todos os anos os presentes para Mitras. Ybron, depois de resistir muito a uma idéia que martelava em sua cabeça fazia tempo,se decidiu.
_ Vou leva-las para Avalun._ dizendo isso, achou melhor ir dormir.

Algumas horas se passaram e ele já estava de pé . Andou pelo quarto com cuidado para não acorda-las. Olhou com carinho para filha, pensando na questão da sucessão do trono.  Afastou isso da mente, andando para fora de seu quarto. Foi caminhando pelos corredores do palácio.                                          

Todos já estavam acostumados com suas botas ruidosas. Passou por dois guardas , que ficaram como estátuas quando o avistaram. Eles portavam escudos e lanças compridas. Usavam pesados elmos, que protegia toda a cabeça. Andou mais um pouco e encontrou mais soldados. Nunca tinha visto tantos dentro do palácio. Aproximando-se deles viu um elfo bem mais velho entre eles, que falava como se tivesse aconselhando-os.  Era Darwith.                      

    

_ Darwith ! _ Exclamou Ybron com alegria. _ Veio nos visitar? Quanto tempo não conversamos!    Darwith foi um soldado que lutou lado a lado com o rei Ryan. Era amigo intimo do rei, apesar de não ser nobre.  O rei morreu em seus braços, depois de ser ferido mortalmente em uma emboscada. Atualmente era cocheiro e chefe da guarda pessoal de Ybron, posto que foi lhe concedido pelo antigo monarca.
_ Majestade! _ Exclamou o velho cocheiro, enquanto caminhava para perto de Ybron. _ Tenho um assunto para tratar com vossa majestade! _ Disse o velho muito simpático, com uma cara de felicidade ao reencontrá-lo ._ Pode me atender agora ou está ocupado? _ Perguntou o ancião, que olhava com atenção para Ybron .                                                                            
_ Claro que posso, para você eu sempre posso! _ Exclamou sorrindo.

Os dois foram caminhando e pararam bem na frente de uma grande porta, guardada por quatro soldados.
_ Nunca vi tantos soldados como estou vendo agora! _ Exclamou, olhando desconfiado para Darwith, que deu uma piscadinha para ele.
_ Mandei reforçar a guarda. _ respondeu .
_ Então vamos entrar e conversar._ Disse Ybron. _ Abram a porta soldados.
 Os soldados abriram a porta com rapidez e sorriram para Darwith, mas quando olharam para o rei, ficaram sérios e fizeram reverencias .  A porta se abriu em duas metades, mostrando uma enorme sala e lá no fundo um magnífico trono feito de ouro, cravejado de pedras preciosas.

       O salão servia para reuniões e bailes.  Sua decoração era bem exótica,  haviam nas paredes cabeças de animais empalhadas: eram os troféus do rei Ryan e de Ybron, ambos caçadores.  Cabeças de cervos gigantes; de tigres dente de sabre e até de mamutes estavam penduradas. No centro do salão tinha uma enorme mesa de vinte lugares, de madeira trabalhada.                                                                                            

Eles caminham através do salão. Ybron se dirige lentamente para o seu trono, onde normalmente faz as reuniões com os nobres, mas no meio do caminho pára por um instante, fica um pouco pensativo para depois se virar e voltar em direção do amigo.   E como se tivesse em uma taverna qualquer, arrasta uma cadeira e senta.  Darwith  percebe sua  atitude e com um sorriso faz o mesmo.                                                             

Nesse mesmo tempo, chegam duas serviçais, passando rápido pela porta que estava aberta. Uma delas ,pergunta ,solenemente.
_ Majestade quer algo ? Estamos ao seu dispor!_  As serviçais inclinaram-se em respeito a ele, mas olharam para Darwith com despreso. Ybron não deixou de perceber e achou engraçado.  Darwith fez uma cara que ficou ofendido, por isso o rei deu um tapa nas costas do velho cocheiro e foi logo perguntando.
_ Vamos beber hidromel?  Faz tempo que eu não bebo com você. _ Disse isso para que as criadas ficassem horrorizadas: um rei bebendo com um simples cocheiro, isso seria inadmissível, pensariam elas.
   As duas serviçais ficaram ali paradas, com cara de interrogação, quando Ybron gritou .

_ HIDROMEL! PRECISO DE HIDROMEL! _ Enquanto as duas elfas correram assustadas para pegar a garrafa de bebida, os dois amigos ficaram rindo.

   Já fazia muito tempo que eles não se encontravam. Darwith não pode caçar com ele, algumas fêmeas de unicórnio estavam na época de darem a luz e Darwith também cuidava dessa parte.  Era responsável por todos os unicórnios.
_ Bem, meu amigo o que o trás a minha humilde casa? _ Disse sorrindo,Ybron adorava brincar com a sua situação, que sabia Darwith que ele detestava: não nasceu para ser rei .  Ele se sentia preso e várias vezes tinha confessado isso ao amigo.
_ Majestade. _ Falou, fitando o rei nos olhos._ Vim aqui para vê-lo, mas também para alerta-lo sobre algumas coisas que tenho pressentido.                                                   

  Depois dessas palavras, Darwith foi interrompido por uma serviçal que trouxe o hidromel. Ele fica em silencio até que ela se afasta, para depois continuar sem rodeios.
_ Tive uma visão e nela via vossa alteza com uma adaga no pescoço segurada por alguém, mas não consegui ver o rosto.
 
   Quando Ybron escuta isso, não consegue segurar o riso.    Darwith aperta um pouco os olhos, franzindo as sombrancelhas.
       _Não ria, garoto. _ Repreendeu-o como se ele fosse seu filho .._ Eu acredito em minhas intuições e seu pai também acreditava, muitas emboscadas foram evitadas através delas, sabia? _ Perguntou indignado.                                                                         
          
               Ybron se recompôs e olhou atento para ele, prestando atenção.
_ Desculpe majestade o meu modo de falar. _ Disse o velho, se lembrando com quem estava falando agora: o rei de Shambala e não o garoto que ele cuidou e ensinou  a pedido de um pai no leito de morte.   Fez-se um silencio mortal na sala, mas Ybron quebrou o gelo com um sorriso.
_ Fazia tempo que não me chamava assim! _ Exclamou ele, pegando a garrafa de hidromel e servindo um copo para Darwith, que ficou seguindo com os olhos a tudo o que ele fazia.
_ Meu rei, não me sirva e o protocolo? _ Perguntou ele para depois gritar. – PRO INFERNO COM ESSES PROTOCOLOS. _ E os dois riram muito.                                 

   Ybron  encheu seu copo e os dois brindaram, quase quebrando-os  quando bateram um no outro.
Beberam de uma só vez e ambos limparam a boca com as costas das mãos.
_ Está delicioso! _ Exclamou o velho.
_ Eu nunca entendi direito suas crenças. Dizem por ai que você é um bruxo. – disse o rei sorrindo para depois ficar serio. _ Você é mesmo bruxo? _ Perguntou aos sussurros.
_ Não sei, mas sempre tive essas visões e seu pai sempre acreditou nelas._ Respondeu Darwith.
 Foi por isso que reforcei a guarda.  Eu não confio em metade desses sábios do conselho e peço que sempre leve com você sua espada e sua adaga, principalmente aqui dentro do palácio._ Falou olhando serio para Ybron, que agora não riu, mas assentiu com a cabeça, percebendo que podia ser uma visão verdadeira.
_ Eu também tenho algo a lhe contar. _ Disse Ybron abaixando um pouco a vóz. _ Gaya ficou doente enquanto eu estive fora.
                                                                               
      Ybron contou tudo que aconteceu e que lhe contaram depois que ele chegou da caçada e enquanto ele ia contando, o velho mudava de expressão, às vezes de surpresa, outra de indignação. Os dois beberam até que Darwith seguiu para a estrebaria e Ybron ficou sentado no grande salão do trono, admirando os troféus de seu pai.





 

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